"(...) no espaço não há lugar algum destinado a
uma contemplação estéril, a uma beatude ociosa".

Léon Denis

Depois da Morte

Nesta composição em forma de leque, à distância da Terra, um homem com
livrinho (alegoria da realização inspirada) ouve na acústica do espírito, o ditado de um dos seres espirituais que o cercam. O espírito que colhe flores e a pintura das borboletas dão o tom
lírico ao quadro, num momento de imperturbável harmonia, tão distante das comuns
preocupações humanas. No fazer, no construir, encontramos uma lei universal, por isso a vida é atividade contínua, atividade das células, dos músculos, dos órgãos do nosso corpo, as iniciativas do nosso espírito. O trabalho na construção do bem, é o trabalho das almas. O Cristo é o modelo supremo do homem e são suas as palavras: "Meu pai trabalha até agora e eu também trabalho".